Simples Devaneios.... Podem começar simples, mas eu complico tudo!

terça-feira, julho 25, 2006

Captain's log 250720061930

(falta imagem, culpa do blogger)

Estes últimos dias têm sido rotineiros. Temos estado a navegar sem problemas.
Os dias custam a passar. A mensagem foi enviada, e decerto lida. Não oiço cântico nenhum, os meus sonhos são vazios, apesar do sono ser benvindo, acordo sempre ansioso em ouvir um cânto bem ao longe, mas nada. Terá sido a mensagem ignorada, terei eu sido ignorado? Só o tempo o dirá.
Enviei já uma segunda, dizendo que não receio a resposta seja ela qual for... Apesar de não ser verdade, como é óbvio. Mas receio ainda mais que não obtenha resposta alguma e que fique sempre "assombrado" por mais um assunto pendente.... Palavra interessante... uma dúvida pende na minha alma, tornando-a pesada... acho que fica bem utilizada, e bem aplicada.

Hoje tivémos uma situação pegajosa. Um dos tripulantes júniores teve a infeliz ideia de se esquecer de deitar borda fora as suas necessidades fisiológicas. Tivémos uma espécie de "inundação" pegajosa. O responsável já está em trabalhos pesados e proibido de comer feijão durante duas semanas.
Espero que antes de me retirar para dormir, já esteja tudo limpo e que o cheiro a "limão" tenha dissipado.

Carneiro

sábado, julho 22, 2006

Captain's log 220720060222

Hoje estive a fazer a vigilia nocturna, devido aos nervos do inicio desta 'demanda'. Não me consegui retirar para os meus aposentos, pelo menos cedo.
Estive a ouvir os sons da noite e da mente. Os meus pensamentos vaguearam, e acabei por pensar em algo que todos os marinheiros pensam.

Sereias.


Anos antes do inicio da viagem, enquanto ainda andava em preparativos, tive sonhos e pensamentos sobre Sereias muito intensos. Eu julgo que são sonhos, mas parecem-me mais memórias.
Os marinheiros contam que as Sereias, apesar de lindas e com uma voz 'encantadora' são perigosas e devoradores (literalmente) de homens.
Eu julgo ter conhecido uma, em sonhos ou memórias distantes. Ela não me pareceu perigosa, e julgo que continuo a pensar que ela não o é. Mas sinto que ela me feriu bastante... de qualquer maneira que eu não consigo distinguir, mas julgo que não era essa a intenção.
Hoje julgo ter sentido o chamamento que as sereias lançam aos marinheiros. Senti que ela chamava por outro, e esse chamamento, passou por mim... Foi tão forte que suscitou memórias.... na realidade suscitou sentimentos... e disso resultaram estas palavras...

Diz-me que a mensagem veio cá parar não por capricho,
Diz-me que foi um instinto que te fez marcar o meu número,
Diz-me que não foi um engano dos teus dedos,
Diz-me que ainda estou presente nos ter pensamentos,
Diz-me que anseias por algo mais,
Diz-me que eu não estou só,
Eu não estou só!

Agora retirar-me-ei par aos meus aposentos. Tenho dúvidas em escrever esta mensagem em papel e mandá-la para os mares. Tenho a certeza que chegaria ao destino, mas tenho receio das reacções que essa acção possa ter.


Carneiro - Ensonado

sexta-feira, julho 21, 2006

Captain's log, 210720062040

Estava a passear pelo convés e os homens, ainda cheios do espirito de aventura, acabados de sair do porto começaram a cantarolar umas músicas do povo.

Estas músicas eu já tinha ouvido mas tinha sempre rejeitado por isto ou por aquilo, e nunca tinha realmente "ouvido" a música, mas uso a palavra errada, esta é mesmo uma música que não é para ser ouvida mas sim sentida.

Então refugiei-me na minha cabina sofisticada, e fui pesquisar nos discos compactos que uma grande amiga das terras de Caldas me tinha oferecido, e encontrei-a, era ela mesmo. Tinha lá uns documentos de audio para poder ouvir a música que é o Fado.

Empunhei o iPod (saqueado da senhora K), e passeei mais uma vez pelo convés, mas desta vez com o coração nas ondas e no vento.


Descobri Fado


Nasceu de ser Português
Fez-se à vida pelo mundo
Foi p’lo sonho vagabundo
Foi pela terra abraçado
Bem querido ou mal amado

Até aqui estava a ver-me nas palavras de Mariza, mas depois entendi que ela 'falava' do Fado.
...


O Fado Cada vez mais Português
Anda nas asas do vento
Ás vezes solta um lamento
E pede p’ra ser achado
Ele é querido, ele é amado
O Fado

Carneiro - Inspirado

Descobrimentos

Com este 'documento', declaro iniciado o período de Descobrimentos Arienses. Parti à descoberta de um novo mundo, um mundo diferente daquele em que vivo.

Não sei se encontrarei um mundo melhor ou um pior.

Seja qual for o mundo que encontrar uma coisa é certa, tudo farei para o melhorar. Ficarei encantado, enraivado, apaixonado pelo que encontrar. Mas esforçar-me-ei sempre por melhorar o que encontrar.

Carneiro - Inspirado

domingo, julho 02, 2006

Angústia


anguish (uncountable)

  1. Extreme pain, either of body or mind; excruciating distress.

Já nos conheciamos desde os nossos 6 ou 7 anos... Perdemos o contacto durante uns tempos, e tivemos um precalço meio..... estranho. mas quando tinhamos 19 anos, encontrámo-nos, e falámos e tivémos durante meses a passear e conversar..... sobre tudo e a conhecermo-nos... depois afastámo-nos de novo uns meses por parvoices imaturas.
Quando nos voltámos a encontrar já com 20 anos, lá passado uns tempos demos o primeiro beijo e começámos a namorar, no dia 06/06/2001.

Passado um tempo, eu entrei para o ISEC, em Coimbra, e aí eu fui assaltado mais uma vez por impulsos imaturos e mal pensados, como carneiro que sou.
Já iamos em cerca de 4 meses de namoro, e a minha vida começou a virar inferno, exagero, mas passado um tempo foi o que me senti. Vivia em Coimbra, namorava ao fim de semana em Lisboa, com stresses SEMPRE durante o fim de semana.
O que interessa é que também tivémos os bons momentos.
Passado dois anos, com muita emoção, tristeza, alegria e loucura (não da boa) pelo meio, e aos dois anos e um mês, exactamente a 06/07/2003 terminámos o namoro, comigo a berrar com a mãe dela ao telefone. Simplesmente foi demais..... já havia muita história pelo meio, e eu já não aguentava mais.

Passado um tempo reatámos um pouco, não oficialmente.... estávamos juntos... eu ainda não conseguia esquecer. No final desse ano, comecei novamente a apaixonar-me por ela, e a querer de novo arriscar, mas tinha dito coisas sem pensar.... que não as retirei a tempo. Quando me queria encontrar com ela para falarmos e ver onde iriamos parar.
Azar dos azares, como tem sido a minha sina nos ultimos anos, ela começou-se a interessar por outro rapaz nessa mesma altura, e eu pus o meu pé atrás, não insisti... já tinha feito muita merda, não ia agora, sem ter certeza dos meus sentimentos (será que não tinha?), meter-me no meio dela e do rapaz...
Ela afastou-se... e eu deixei....

Estive com ela uma vez mais, deve ter sido em Abril de 2004, creio... e nunca mais a vi.
O que é certo é que mesmo depois de ter caído na pseudo-loucura, eu ainda me sinto apaixonado por ela, seja pela imagem que tenho ou mesmo por ela... mas não consigo largá-la.... Ainda a amo? É só um fantasma?? Isto já se arrastou tempo demais, e se não conseguir resolver, dou mesmo em louco.... solitário!
Ela agora namora com esse rapaz, o Paulo. Não conheço, não sei nada... sei que ela me "odeia", ou outro sentimento semelhante, e que não me dá oportunidade sequer de tentar matar o meu fantasma...
A minha única vontade, é sonhar sonhos "impossíveis" e partir para uma caminhada com fim incerto.

Carneiro angustioso.